Jota, de 6 anos, é uma criança alegre, brincalhona, divertida e amorosa com seus pais. Frequenta o 1º ano do ensino fundamental e apresenta um bom rendimento escolar. No entanto, ela carrega consigo uma enfermidade que a impede de levar uma vida completamente normal.
Jota é portadora de Diabetes Mellitus tipo 1, uma condição autoimune que geralmente se manifesta na infância ou adolescência. O sistema imunológico dos portadores dessa condição ataca as células beta do pâncreas, que produzem insulina, hormônio indispensável para a regulação dos níveis de glicose no sangue.
Níveis de glicose anormais ou desequilibrados causam sérias complicações crônicas: retinopatia diabética, neuropatia, nefropatia, doenças cardiovasculares, entre outras.
Se o nível glicêmico cai muito, Jota é acometida por um quadro de hipoglicemia, que pode ter consequências graves. Se sobe muito, os efeitos são ainda mais danosos.
Diariamente, Jota recebe de 8 a 10 agulhadas para medir os níveis de glicose no sangue e receber doses controladas de insulina necessárias para restabelecer os níveis glicêmicos adequados.
Ao longo dos seis anos de vida, Jota já levou pelo menos 17.000 agulhadas de manhã, à tarde, à noite e nas madrugadas dos sete dias da semana e dos doze meses do ano.
Se a pergunta é: Jota sofre muito por conta dessa enfermidade? Sim, sofre de forma intensa, diária, cotidiana, rotineira.
Seus pais também sofrem? Muito mais ainda. Os pais de Jota vivem em constante estado de ansiedade e desespero. A dor ao vê-lo nos terríveis momentos de crise é lancinante!
Também não sabem o que é ter uma noite tranquila de sono porque as madrugadas, de regra, são dedicadas a medir os níveis de glicose e/ou aplicar insulina em Jota.
Certo dia, às quatro da manhã, Jota estava muito mal. Sua mãe espetou o dedinho de Jota e constatou um grave quadro de hipoglicemia. Teve de levá-la às pressas à Santa Casa de Misericórdia.
A mãe de Jota troca mensagens com uma amiga, também mãe de uma criança DM1, que pergunta como está Jota. Ela responde:
- Agora está melhor, mas teve hipo às quatro da manhã. Convulsionou, não respondia, não respirava... então trouxe ela pra Santa Casa para tomar glicose porque tentei em casa, mas não subia. Agora está 150. Ele tomou soro e glicose na veia... está com muita dor de cabeça... estamos aguardando o resultado dos exames.
Assim como Jota, há pelo menos mais 60 crianças DM1 em Pindamonhangaba.
E elas precisam desesperadamente de apoio da sociedade e da prefeitura para, ao menos, minimizar a dor e o sofrimento causados pela Diabetes Mellitus.
Uma boa e oportuna contribuição da Prefeitura seria que esta distribuísse a Jota e às demais crianças com DM1 o Sensor Glicêmico Freestyle Libre.
Esse aparelho diminuiria sensivelmente o número de agulhadas que Jota leva todos os dias e também contribuiria sobremaneira para o controle mais eficiente dos níveis glicêmicos.
Que falta, então, para a Prefeitura de Pinda comprá-los e distribuí-los? Nada, ou melhor, quase nada, pois a Lei Orçamentária de 2024 autoriza a aquisição desses sensores.
Deve-se isso a uma emenda ao Orçamento apresentada pelo Vereador Herivelto Vela e aprovada pela Câmara Municipal. Em razão dela, houve o remanejamento de R$ 336.000,00 das despesas do Departamento de Comunicação para o Departamento de Assistência Farmacêutica, com a finalidade de aquisição dos sensores glicêmicos.
Link emenda parlamentar Vereador Herivelto Vela (sensores Glicêmicos)
Há, pois, previsão orçamentária e recursos financeiros disponíveis, mas falta... ao que parece, vontade do Prefeito em autorizar a compra.
Esta é uma hipótese: o Prefeito tem conhecimento do drama de Jota e das crianças de Pinda com DM1 e se opõe à compra dos citados aparelhos.
Especula-se, por outro lado, que o Prefeito e sua Secretária de Saúde desconhecem o problema de Jota e das crianças DM1.
Ou então sabe, mas ignora que a Lei Orçamentária de 2024 autoriza a aquisição dos sensores que vai aliviar o sofrimento de Jota.
Nesse caso, cabe a nós, sensíveis ao grave problema de Jota, fazer chegar ao conhecimento do Prefeito, Sr. Isael Domingues, e sua competente Secretária de Saúde, Sra. Silvia Almeida, que Jota e as demais crianças DM1 de Pinda existem e precisam desesperadamente que o governo municipal compre e distribua o mais brevemente possível os sensores glicêmicos.
É importante que o Prefeito saiba que 10 em cada 10 pindamonhangabenses vão aplaudi-lo caso se apresse em tomar medidas para reduzir o número de agulhadas que Jota leva todos os dias.
Lamentável nosso prefeito...que já foi médico não saber de uma coisa dessa. Tá na mão ...tá na boa vontade...
ResponderExcluirObrigada Evaldo, por dar voz às nossas crianças DM1 constantemente ignoradas pela gestão de Pindamonhangaba
ResponderExcluirSó quem vive a realidade das várias picadas diárias entendem a necessidade da luta para aumentar a qualidade de vida dos pacientes DMI. Nossa luta continua
ResponderExcluirObrigado Evaldo, bem colocadas as suas palavras, será que algum vereador vai confrontar o prefeito com a cobrança, ou teremos que fazer isso pessoalmente. Ainda querem chipar postes...
ResponderExcluirEu como vó de um diabético sei muito e sofro muito com todas as agulhadas que meu neto toma dói em mim vcs não tem ideia como doi ver dedinho dele todo furadinho e pertinho roxinha por conta da insulina a gente que é vó sofre duas vezes de ver ele sofrendo e a mãe dele também é muito difícil vc dormi pensando se ta alta ou se tá baixa e pior ter que furar ele quase toda hora desculpem o meu desabafo
ResponderExcluirMT doloroso ver crianças tendo que se machucar sendo que temos o meio, o acesso e a verba pra isso parar de acontecer.
ResponderExcluirÉ muito dificil ver o sofrimento dessas crianças levando um monte de picada o dia td p aferir a diabetes..que esses Políticos venham entender essa dor e fazer o melhor pelos pequenos....
ResponderExcluirInfelizmente as pessoas não sabe o sofrimento destas crianças e da família 😭
ResponderExcluirChoro todas as vezes que vejo meu filho pedindo pelo amor de Deus pra não fira o dedinho dele